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Enem

O perigo dos vícios de linguagem para sua redação do Enem

É possível pedir nova correção da redação do Enem? Tire estas e outras dúvidas

Use sua nota do Enem e ganhe bolsa na sua graduação EAD!

Posso pedir uma revisão da nota da minha redação do Enem?

Diferentemente de outros vestibulares, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do governo responsável pela realização do Exame, não concede aos participantes um prazo para que um recurso seja solicitado em relação ao resultado do Enem.

Isso acontece porque, de acordo com a instituição, as questões são elaboradas e testadas muitos meses (ou até mesmo anos) antes de serem selecionadas para fazer parte da prova.

Para a redação especificamente também não cabe recurso, já que esse procedimento está previsto no processo de correção.

Todas essas informações estão presentes no edital do Enem, que pode ser consultado por todos os candidatos. Recomendamos que você faça a leitura atenta do edital no site do Inep.

Como é feita a correção da redação do Enem?

Todas as redações do Enem são avaliadas de acordo com 5 competências avaliativas pré-definidas, de acordo com a Cartilha do Participante do Enem.

Cada uma delas vale de 0 a 200 pontos para totalizar a nota máxima de 1000. São elas:

  • Competência 1: demonstrar o domínio da modalidade de escrita formal da língua portuguesa;
  • Competência 2: compreender a proposta da redação e, além disso, saber aplicar os conceitos de várias áreas de conhecimento para o desenvolvimento do tema — sempre dentro dos limites estruturais de um texto dissertativo-argumentativo no modelo de prosa;
  • Competência 3: selecionar, organizar, relacionar e interpretar fatos, informações, argumentos e opiniões em defesa do seu ponto de vista;
  • Competência 4: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos que são necessários para construir uma argumentação;
  • Competência 5: elaborar uma proposta de intervenção para o problema abordado que não fira os direitos humanos.

As correções acontecem em uma plataforma online e o avaliador recebe os textos sem nenhum tipo de identificação. Cada responsável pela correção recebe até 200 redações por dia e precisa avaliar mais de 150 textos a cada 3 dias.

A média de nota da redação do Enem varia de 400 a 600 pontos. Para classificá-la como uma boa nota, no entanto, é precisa avaliar algumas variáveis — como o curso pretendido —, já que na maioria dos processos seletivos existe uma nota de corte.

Com 600 pontos na redação, por exemplo, é possível entrar em cursos como Letras, Biblioteconomia e História.

É importante ter em mente que os mesmos 600 pontos podem ser insuficientes para entrar em alguns cursos dependendo da sua nota nas outras provas do Enem.

Quem são os corretores?

Os corretores da redação do Enem são profissionais graduados em Letras em Linguística. Mais do que isso, todos eles precisam ter experiência comprovada na coordenação de correção de produção textual em exames, concursos ou avaliações educacionais anteriores.

Esses profissionais são selecionados por meio de um processo seletivo rigoroso e são capacitados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que é membro do consórcio aplicador que é responsável pelas correções dos textos do Enem. Todo o processo, aliás, é supervisionado pelo Inep.

Outro ponto importante é que os avaliadores não podem, em hipótese alguma, ter grau de parentesco de primeiro grau com participantes.

Todos os interessados passam por um treinamento online e, durante esse período, precisam responder questões sobre as competências da prova.

Os que passarem para a próxima fase realizam um exercício de correção de 30 redações em um período de 3 horas — ou seja, só os mais capacitados são selecionados.

Depois do Enem aplicado, os textos de todos os candidatos são avaliados por dois professores não identificados por meio de uma plataforma online.

Ambos os corretores avaliam a redação sem ter conhecimento da nota atribuída pelo outro e, no caso de discrepância maior que 100 pontos na nota global, o texto segue para um terceiro professor. O resultado será a média aritmética das duas notas que mais se aproximarem.

O que posso fazer para tirar uma boa nota na redação do Enem?

Tirar uma boa nota na redação do Enem é o objetivo de todo candidato. É possível chegar a esse resultado com algumas dicas e práticas. Confira quais são elas!

1. Estude redações exemplares

O Inep libera um documento chamado Cartilha do Participante anualmente que, além de detalhar as 5 competências de avaliação que são utilizadas, descreve o processo de correção e reúne informações sobre a redação — como algumas redações exemplares.

Esses textos alcançaram nota máxima em provas anteriores e cumpriram todas as competências avaliativas.

É interessante estudar essas redações para entender de maneira mais detalhada como as competências funcionam na prática e como todo o texto deve ser estruturado.

Sendo assim, faça a leitura com atenção, perceba como elas foram construídas, identifique como os repertórios socioculturais foram inseridos e a maneira como os argumentos foram discutidos.

2. Adquira repertório

Uma das competências avaliativas da redação cobra o uso dos repertórios socioculturais.

Eles servem para fundamentar a sua tese que, na prática, precisa mostrar uma versão crítica sobre a realidade do tema proposto.

É possível utilizar assuntos que estejam presentes na sua rotina, inclusive os mais populares — como séries, livros e filmes.

É extremamente importante, então, que você consiga se atualizar todos os dias. Para isso, você pode ouvir podcasts, entender sobre os assuntos atuais, ler notícias em portais confiáveis e adquirir repertório enquanto lê um livro ou assiste a uma série ou filme.

Um bom exercício é relacionar tudo o que estiver consumindo a possíveis temas da redação.

Outra dica interessante é analisar os temas de edições anteriores do Enem.

Em 2021, por exemplo, a proposta era redigir sobre "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil". Já em 2020, o tema pedido foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”.

Confira a lista completa de temas de redação que já caíram no Enem:

  • 2021 – "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil" (tema do Enem impresso e digital)
  • 2020 – "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira" (tema do Enem impresso)
  • 2020 – "O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil" (tema do Enem digital)
  • 2019 – "Democratização do acesso ao cinema no Brasil"
  • 2018 – "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet"
  • 2017 – "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil"
  • 2016 – "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil"
  • 2015 – "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira"
  • 2014 – "Publicidade infantil em questão no Brasil"
  • 2013 – "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil"
  • 2012 – "Movimento imigratório para o Brasil no século 21"
  • 2011 – "Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado"
  • 2010 – "O trabalho na construção da dignidade humana"
  • 2009 – "O indivíduo frente à ética nacional"
  • 2008 – "Como preservar a floresta Amazônica"
  • 2007 – "O desafio de se conviver com a diferença"
  • 2006 – "O poder de transformação da leitura"
  • 2005 – "O trabalho infantil na realidade brasileira"
  • 2004 – "Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação"
  • 2003 – "A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?"
  • 2002 – "O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?"
  • 2001 – "Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito?"
  • 2000 – "Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?"
  • 1999 – "Cidadania e participação social"
  • 1998 – "Viver e aprender"

3. Pratique

A prática leva à perfeição e com a redação não é diferente. Para compreender a estrutura que é exigida pelo Enem e adaptar sua maneira de escrever a ela, você precisa treinar de maneira constante.

Você pode escrever uma redação por semana, pelo menos. Assim, chegará ao exame pronto para dissertar sobre qualquer tema que for proposto.

Treinar para a redação do Enem é bem simples. Escolha um tema — pode ser os de provas passadas —, leia os textos motivadores com bastante atenção, faça o seu rascunho, evite os vícios de linguagem e não se esqueça de passar a limpo, assim como fará no dia da prova.

Uma dica importante é cronometrar o tempo que leva para realizar todo o processo porque isso ajudará a se preparar para o tempo disponibilizado pelo Enem.

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!


Como você pode perceber, não é possível pedir a correção da redação do Enem.

Mas isso não impede que você tire uma nota boa o suficiente que possa ser utilizada para entrar em uma faculdade. Ao seguir as dicas deste artigo, será muito mais simples chegar a um resultado satisfatório.

Continue acompanhando o Blog do EAD UNIFSA para se preparar para o Enem!

--> Será que é possível pedir a correção da redação do Enem? A nota do Exame é bastante aguardada por todos os estudantes, ...
7 min de leitura

Por que o profissional T-shaped é tão valorizado no mercado

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Como se tornar um profissional T-shaped

Agora que você já conhece as características de um profissional T-shaped, precisa descobrir como se tornar um para alcançar melhores oportunidades profissionais.

Confira algumas dicas a seguir.

1. Liste as habilidades que você já tem

O primeiro passo para se tornar um profissional em T é analisar as habilidades que você já tem e avaliar o seu nível de proficiência em cada uma delas.

Você pode separá-las em algumas categorias, como:

  • As que você já começou a aprender sobre elas, mas acredita que esse conhecimento ainda é um pouco raso;
  • Aquelas sobre as quais ainda precisa de um guia de estudos, mas já consegue exercer algumas funções que dependam delas;
  • As que você se sente mais competente e entende que já passou pelos conhecimentos mais básicos sobre elas, mas ainda precisa aprender como aplicar de maneira mais prática nas funções que desempenha no dia a dia;
  • As que você se sente mais profissionais, consegue fazer mais com ela do que outras pessoas, mas ainda não é especialista — e acaba ficando em dúvida do que fazer em algumas situações;
  • Aquelas em que você se considera um especialista e consegue trabalhar com ela de forma muito intuitiva e natural.

No momento em que fizer a sua lista de competências, lembre-se de que também é interessante adicionar a ela as suas soft skills, ou seja, as suas habilidades comportamentais.

Esse também pode ser um ótimo momento para colocar as que achar mais interessante no seu perfil do LinkedIn.

2. Decida o que fazer com cada uma delas

Depois de ter listado as habilidades que você já tem, assim como aquelas que você acredita serem importantes para o seu desenvolvimento profissional — bem como o nível de proficiência e aprendizado em cada uma —, precisa separá-las em algumas listas.

Liste quais você se sente confortável em manter como estão, as que sente que precisa adicionar e, por último, aquelas nas quais você realmente deseja se aprofundar.

Enquanto avaliava o nível de cada uma das habilidades que listou, provavelmente você já pensou sobre algumas em que deseja ser melhor do que já é. Em relação a elas, comece a pesquisar um pouco mais a respeito para entender como pode aprimorá-las.

Já com outros conhecimentos, pode ser que se sinta insatisfeito com o nível de aprendizado atual – e não tem problema nenhum nisso.

Lembre-se de que isso faz parte de se tornar um profissional T-shaped. Você não será especialista em tudo — o que seria impossível — e, por isso, é preciso exercitar o autoconhecimento para escolher quais competências vai se especializar e em quais o conhecimento será um pouco mais superficial.

3. Teste muito

Depois de ter dividido as suas habilidades nas categorias sugeridas, pode ter ficado com a sensação de que não tem muita certeza se fez as escolhas certas. Então, o ideal é testar. Para isso, uma boa ideia é começar a aprender o básico sobre algumas delas e descobrir quais são mais interessantes depois desse contato inicial.

Somente a partir desses testes que você começará a entender em quais áreas de conhecimento vale mais a pena investir mais do seu dinheiro e do seu tempo.

Nessa etapa, também é indicado avaliar com mais atenção a habilidade em que você cogita se especializar para entender se ela oferece campos de especialização o suficiente e quais dentro deles são mais úteis para você.

4. Continue aprendendo

Por mais que você saiba que não vai conseguir aprender sobre todos os assuntos de maneira mais aprofundada, lembre-se de que um bom repertório e conhecimentos em cultura geral são fundamentais para qualquer pessoa. Isso vale tanto para o seu desenvolvimento profissional quanto para o pessoal.

Uma ótima maneira de continuar aprendendo é investir em uma pós-graduação EAD. Hoje em dia já é possível encontrar cursos que, além do certificado em si, também oferecem conteúdos específicos e certificações voltadas para o desenvolvimento da carreira — como na Pós +Carreira EAD UNIFSA. Ou seja, é possível aprender na prática!

Além disso, a curiosidade é uma ótima habilidade comportamental que não deve ser deixada de lado. Para ser um profissional em T, você deve fazer questão de exercitá-la. Para isso, pode ler livros sobre os mais variados assuntos e esteja em constante contato com as notícias e novidades do mundo.

Viu só como é possível se tornar um profissional T-shaped? Lembre-se de que atualmente é o perfil mais procurado pelas empresas devido aos benefícios que ele agrega ao local de trabalho.

Com as dicas do Blog do EAD UNIFSA, fica mais fácil percorrer o caminho até se tornar um!

--> Você sabe o que é um profissional T-shaped? Esse perfil é cada vez mais procurado pelas empresas e recrutadores porque ...
5 min de leitura

Desligamento humanizado: conheça o processo de outplacement

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O que é outplacement? 

O outplacement nasceu como uma abordagem que busca amenizar o processo de demissão de uma empresa, instruindo e capacitando os colaboradores desligados. 

Essa metodologia visa que os ex-funcionários, especialmente aqueles que estão há muito tempo na empresa, consigam se recolocar profissionalmente e que o desligamento não o abale. 

O principal objetivo de implementar o outplacement é ajudar o ex-funcionário a se recolocar no mercado de trabalho após a demissão. 

Isso envolve desenvolver seu autoconhecimento, ensiná-lo a lidar com entrevistas, construir um bom perfil de LinkedIn e montar um currículo atraente. 

Confira algumas das ações do outplacement: 

  • Dar apoio emocional e psicológico ao ex-colaborador; 
  • Ajudá-lo a compreender seus objetivos profissionais e pessoais; 
  • Envolvê-lo em treinamentos, palestras e workshops sobre empregabilidade; 
  • Ajudá-lo a reestruturar seu currículo e pesquisar vagas ideais. 

Empresas que adotam o outplacement normalmente contam com a ajuda de um profissional ou empresa terceirizada especializada na metodologia. 

E além de ser uma vantagem para o funcionário, o outplacement também apresenta vantagens para a empresa que o aplica. 

Isso porque, com ele, a organização consegue diminuir o impacto do desligamento em sua estrutura e melhora o clima organizacional. 

Diferença entre outplacement e replacement 

A principal diferença entre outplacement e replacement é a situação em que os dois ocorrem. 

O outplacement, como vimos acima, é um processo que acontece dentro de uma empresa para ajudar ex-colaboradores a lidarem com o processo de desligamento. 

Por sua vez, o replacement é um processo que visa um profissional que está fora do mercado a se inserir novamente. 

No caso do outplacement, a contratação da metodologia é feita pela empresa, enquanto no caso do replacement é mais comum que o próprio funcionário o faça. 

Vantagens do outplacement para o colaborador 

Agora que você já sabe o que é o outplacement, e a diferença entre ele o replacement, vamos conversar sobre as vantagens que ele apresenta para o colaborador. 

Sabemos como o momento de uma demissão pode ser traumatizante para um funcionário, especialmente quando a economia se encontra em uma situação delicada. 

Então, a maior vantagem desse processo é a esperança e a humanização que traz. 

Seguindo o outplacement, a empresa não teria um processo frio de desligamento, onde o funcionário é chamado pelo RH, desligado e fica sem saber como se recolocar.


Existe esperança verdadeira no processo porque o funcionário será treinado para a recolocação.

Estima-se que colaboradores que passam pelo outplacement tem muito mais chances de se recolocarem do que aqueles que não tem esse benefício. 

Existe também a compreensão de que este é um momento difícil e que, em vez de deixar seu ex-funcionário desamparado, a empresa fará sua parte. 

Além disso, o próprio colaborador desligado consegue ver os benefícios porque terá apoio e uma parte importante do outplacement: a construção de sua confiança para participar de novos processos seletivos e se atualizar enquanto profissional. 

Comecei o processo de outplacement no meu trabalho. E agora? 

Parte importante do processo de outplacement é que a empresa dará um apoio para que o ex-funcionário não se encontre desamparado no desligamento. 

Porém, se atualizar enquanto profissional e buscar novas oportunidades não deve ser uma responsabilidade apenas da organização. 

É preciso que o próprio funcionário desligado tome frente ao processo e aproveite a oportunidade para se reinventar. 

Pensando nisso, trouxemos aqui algumas dicas de como você pode tomar as rédeas da sua carreira e construir um futuro promissor durante o processo de outplacement. Confira: 

  • Construa uma rede de contatos, o famoso networking: se enquanto trabalhava na empresa você não construiu sua rede, este é o momento. Uma rede de contatos é algo com que você pode contar para encontrar oportunidades de recolocação, trocar experiências e construir conhecimentos. Você pode construir sua rede com a ajuda do LinkedIn, por exemplo, lembrando sempre de que o importante é nutrir essa rede. 
  • Atualize seu currículo, deixando-o objetivo e atraente: é através do seu currículo que novas empresas conhecerão você, então é preciso de que o seu currículo esteja completo e que seja atraente para a vaga na qual você se candidatou. Algumas boas dicas são: não deixe seu CV comprido demais e adéque-o a cada vaga encontrada. 
  • Busque por empresas que combinem com você: quando estiver procurando novas empresas para se candidatar, busque aquelas que mais combinam com seu perfil profissional e com os seus objetivos. Um ótimo filtro, especialmente se você tem mais de 50 anos, é buscar por meio do GPTW. 
  • Atualize os seus conhecimentos: sabemos que quando ficamos em uma mesma posição ou fazendo a mesma função por algum tempo, nossos conhecimentos acabam ficando estanques. Então, uma ótima iniciativa de se ter neste momento é buscar se atualizar, seja com cursos livres ou uma especialização na área. 

E caso você passe pelo processo de outplacement e, mesmo assim, não conseguir se recolocar, não desanime. 

Essa pode ser a oportunidade que você precisava para repensar sua carreira e seus objetivos e, talvez, buscar uma alternativa para a sua vida profissional. 

Conclusão 

Esperamos que, ao chegar ao final deste conteúdo, você tenha conseguido entender o que significa o processo de outplacement e quais são as vantagens para o profissional desligado. 

Aproveitamos este espaço para convidar você a conhecer a Pós +Carreira EAD UNIFSA! 

Como dissemos acima, se você está buscando recolocação, a atualização profissional é um passo certeiro. Ainda mais se ela for multicertificação, como a Pós-Graduação EAD UNIFSA. 

No formato +Carreira, além do aprofundamento na sua área de atuação, você também tem acesso ao desenvolvimento de habilidades e competências. 

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Leia também:

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13 min de leitura

O que são níveis tróficos? [Biologia no Enem]

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que é a cadeia alimentar? 

Dentro do entendimento da biologia, a cadeia alimentar é a relação que se estabelece entre a energia que os seres vivos utilizam para sobreviver. 

Isso significa que ela fala sobre as relações que se fazem necessárias para que um ser vivo busque e encontre a energia que precisa por meio da alimentação. 

Em outras palavras, de forma mais simples, a cadeia alimentar fala sobre como um ser vivo acaba servindo de alimento para outro, ou outros, ser vivo. 

Além do conceito da cadeia alimentar, também fala-se sobre a teia alimentar. 

Enquanto as cadeias alimentares se limitam a abordar a relação alimentícia entre os seres vivos, as teias alimentares iriam além, referindo-se ao conjunto de cadeias que formam um ecossistema. 

Dentro das teias alimentares, então, as cadeias alimentares se complementariam e ajudariam a equilibrar o meio ambiente. 

Os níveis tróficos 

Por sua vez, dentro das cadeias alimentares se encontram os níveis tróficos, ou níveis alimentares. 

Os níveis tróficos são os grupos formados por seres vivos que possuem hábitos de alimentação bastante parecidos e que seguem o mesmo tipo de processo para se alimentar. 

Para entendermos a relação entre estes níveis, primeiro precisamos falar sobre a classificação dos seres vivos de acordo com sua forma nutricional: 

  • Autotrófico: são seres que sintetizam o próprio alimento. Ou seja, eles fazem a conversão de material inorgânico em matéria orgânica na presença da luz solar. Um ótimo exemplo são os vegetais e suas folhas clorofiladas. 
  • Heterotrófico: já estes seres não são capazes de produzir seu próprio alimento. Eles precisam adquirir sua energia através do seu hábito alimentar. Bons exemplos são os seres humanos, que precisam adquirir energia através de outros seres. 

A relação que se estabelece entre os níveis tróficos dentro da cadeia alimentar depende dessa classificação e ela se manifesta em ciclo. 

Por exemplo, a cadeia sempre começa um organismo autotrófico, que será consumido por um organismo heterotrófico de forma primária, secundária, terciária e assim sucessivamente. 

Por isso, quando um ser dentro do ciclo é extinto, todo o ciclo está ameaçado. 

Na imagem: exemplo de cadeia alimentar, onde o fitoplâncton representa o nível trófico dos produtores, o Krill representa o consumidor primário, o Pinguim é o consumidor secundário e a foca é o consumidor terciário. Os decompositores não aparecem na imagem, mas eles estão presentes em todos os passos do processo. Fonte: mundoeducacao.uol.com.br 

Os 3 níveis tróficos  

Assim como as cadeias alimentares ajudam a tornar a teia alimentar mais equilibrada, os níveis tróficos ajudam a equilibrar a cadeia alimentar. 

Por isso, existem três papeis que um ser vivo pode cumprir dentro da cadeira alimentar de acordo com sua forma nutricional que dão nome aos níveis tróficos: produtor, consumidor e decompositor. 

1 Produtores

No primeiro nível trófico estão os organismos produtores, aqueles que ocupam a base da cadeia alimentar e que iniciam todo o ciclo. 

Eles são seres autotróficos, ou seja, capazes de produzir o próprio alimento. 

Bons exemplos de organismos produtores são as plantas de folhas clorofiladas, como dissemos acima, cianófitas, que são algas azuis e verdes, e determinadas bactérias. 

2 Consumidores

No segundo nível trófico estão seres heterotróficos que dependem dos organismos produtores para poder adquirir energia e sobreviver. 

Dentro deste nível, existe uma outra classificação. 

O organismo consumidor pode ser primário, secundário ou terciário de acordo com sua distância, na escala da cadeia alimentar, do organismo produtor. 

Por exemplo, o consumidor primário se alimenta do produtor, o secundário se alimenta do primário, o terciário se alimenta do secundário e assim por diante. 

Bons exemplos de organismos consumidores são seres invertebrados e vertebrados no geral. 

3 Decompositores

Por fim, no terceiro nível trófico estão os organismos decompositores. 

Eles também são heterotróficos, porém, diferente dos organismos consumidores, eles realizam o processo de decomposição, assumindo um papel diferente na cadeia alimentar. 

A função destes organismos é decompor matéria orgânica, garantindo que alguns dos nutrientes presentes nos restos de seres vivos retornem ao ambiente. 

Exemplos são bactérias e fungos. 

Questões do Enem sobre níveis tróficos para praticar  

E agora que você já tem um bom panorama sobre o que são os níveis tróficos, vamos entender como esses conteúdos aparecem no Enem.  

Abaixo, trouxemos algumas questões que já caíram no Enem e abordam este assunto. As respostas, você encontra na conclusão deste artigo. 

E se você quiser aprofundar ainda mais a sua prática, confira todas as provas e gabaritos das edições anteriores do Enem. 

Conferir as provas antigas uma ótima maneira de entender o que cai de conteúdo no Exame Nacional do Ensino Médio, mas também de treinar seu tempo de resposta. 

Questão 1 – Enem 2011 

Os personagens da figura estão representando situação hipotética de cadeia alimentar.

Suponha que, em cena anterior à apresentada, o homem tenha se alimentado de frutas e grãos que conseguiu coletar. Na hipótese de, nas próximas cenas, o tigre ser bem-sucedido e, posteriormente, servir de alimento aos abutres, tigre e abutres ocuparão, respectivamente, os níveis tróficos de: 

a) produtor e consumidor primário.
b) consumidor primário e consumidor secundário.
c) consumidor secundário e consumidor terciário.
d) consumidor terciário e produtor.
e) consumidor secundário e consumidor primário.

Questão 2 – Enem 2012 

A figura representa um dos modelos de um sistema de interações entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades, P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P3, quando o sistema é alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal herbívoro e P3, um animal onívoro.

A função interativa I representa a proporção de  

a) herbivoria entre P1 e P2.
b) polinização entre P1 e P2.
c) P3 utilizada na alimentação de P1 e P2.
d) P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3.
e) Energia de P1 e de P2 que saem do sistema.

Questão 3 – Enem 2016 

Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento essencial e majoritário da matéria orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra em sua forma inorgânica, ora se encontra em sua forma orgânica. Em uma cadeia alimentar composta por fitoplâncton, zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre a transição desse elemento da forma inorgânica para a orgânica. 

Em qual grupo de organismos ocorre essa transição? 

A) Fitoplâncton.
B) Zooplâncton.
C) Moluscos.
D) Crustáceos.
E) Peixes.

Conclusão 

Esperamos que, ao chegar ao final deste artigo, as suas dúvidas sobre o que são níveis tróficos e como eles aparecem no Enem tenham sido esclarecidas.  

Veja agora o gabarito das questões acima: 

  • Questão 1 – Alternativa C 
  • Questão 2 – Alternativa D 
  • Questão 3 – Alternativa A 

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15 min de leitura

Espelho da redação do Enem: o que é, como consultar e o que é avaliado

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que é o espelho da redação? 

Chamado formalmente de vista pedagógica, o espelho da redação é uma versão digitalizada e comentada da sua redação em modelo dissertativo-argumentativo do Enem. 

O espelho da redação recebe o nome de vista pedagógica porque essa disponibilização tem função educacional e de aprimoramento. 

Ou seja, com a vista pedagógica, você consegue entender como os avaliadores chegaram na sua nota. O que é uma lição e tanto para entender onde você precisa melhorar. 

O acesso ao espelho da redação, entretanto, não serve para que você conteste a nota. 

Como baixar o espelho da redação do Enem 

Você encontra o seu espelho da redação na Página do Participante no site oficial do Enem. Para acessar, você precisa ter em mãos o login e senha cadastrados. 

Confira abaixo um passo a passo de como acessar a sua vista pedagógica: 

  1. Primeiro, como dissemos, você precisa acessar a Página do Participante neste link.
  2. Depois, precisa inserir as informações de login e senha previamente cadastrados. Se você não lembrar da senha, precisa clicar em “esqueci a senha” e será redirecionado para cadastrar uma nova senha.
  3. Então, já logado na Página do Participante, você pode clicar em “resultado e, uma vez nesta opção, seleciona o ano para o qual gostaria de consultar o espelho da redação.
  4. Por fim, basta clicar em “baixar para que o arquivo contendo a vista pedagógica seja baixado no seu computador. 

As 5 competências cobradas na redação do Enem 

Enquanto as questões objetivas do Enem são corrigidas de forma automatizada usando a Teoria de Resposta ao Item (TRI), a redação é corrigida por uma banca avaliadora. 

A banca é formada por avaliadores especialistas que não conversam entre si, e cada redação passa pela mão de dois avaliadores. 

Estes avaliadores seguem as competências estabelecidas na Matriz de Referência do Enem para entender os seus níveis de desempenho e atribuir uma nota a sua redação. 

A nota máxima que uma redação pode ter é 1000 pontos. 

Ou seja, cada uma das competências vale, no máximo, 200 pontos. Sendo que existem seis níveis de desempenho dentro de cada competência, onde os pontos variam de acordo com cada nível.

Veja quais são as competências utilizadas para corrigir a redação:

  • Competência 1: Domínio da escrita formal da língua portuguesa 

Esta primeira competência avalia se a redação do participante está adequada às regras de ortografia, como acentuação, uso de hífen, letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica. 

É a partir dessa competência também que se avalia a regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, pontuação, paralelismo, emprego de pronomes e crase. 

  • Competência 2: Compreender o tema e não fugir do que é proposto 

Na segunda competência, avalia-se as habilidades integradas de leitura e de escrita do candidato. 

Ou seja, é a partir desta competência que o avaliador vai entender se você entendeu a proposta da redação e se fez bom uso dos dados apresentados no enunciado.

  • Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista 

A terceira competência avalia se um candidato elabora um texto que apresente, claramente, uma ideia a ser defendida e argumentos que justifiquem a posição assumida na proposta da redação. 

Esta é uma competência que fala sobre coerência entre as ideias apresentadas no texto, o que mostra se você planejou o que iria escrever e fez um argumento conversar com o outro. 

  • Competência 4: Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 

Nesta competência são avaliados itens relacionados à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. Basicamente, será avaliada a coesão e coerência do seu texto. 

No modelo exigido, dissertativo-argumentativo, é necessário que as frases e os parágrafos estabeleçam relação entre si. 

Então, a competência olhará para o uso de preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais, além do fluxo entre eles. 

  • Competência 5: Respeito aos direitos humanos 

Por fim, a última competência olha para a proposta de intervenção para o problema abordado avaliando se o candidato respeitou, ou não, os direitos humanos. 

Além disso, é necessário que o candidato apresente uma proposta de intervenção mesmo que ela seja mínima. 

O que zera a redação do Enem? 

As competências vistas acima trazem uma série de boas práticas sobre o que fazer para tirar uma boa nota do Enem. 

Porém, também existem boas práticas do que NÃO fazer na redação se você quiser tirar uma boa nota. 

Ao contrário do que se pensa, zerar a redação não é algo tão raro. Então, confira as dicas: 

  • Não fuja do tema: como vimos, essa é uma competência que será avaliada, então faça questão de ler e reler o enunciado para entender exatamente o que os avaliadores estarão olhando nos seus argumentos e na proposta de intervenção. 
  • Escreva entre 7 e 30 linhas: essa é uma das características do modelo dissertativo-argumentativo e precisa ser levado em conta à risca. Redações que tiverem menos de 7 linhas e mais de 30 são zeradas automaticamente. Por isso, planeje bem a sua redação antes de começar a escrever. 
  • Não entregue a folha de redação em branco: entregar a folha da redação em branco garante um zero imediato para o candidato. Se você entregou a folha em branco, pode ter alguns motivos, como falta de ideias e falta de tempo. Então, nossa dica é que você pratique bastante antes do Enem, tanto a gestão do tempo quanto a articulação de ideias. 
  • Nunca desrespeite os direitos humanos: como vimos, esta dica diz respeito à quinta competência. Para não zerar a redação por falta de conhecimento, nunca entre no local de prova sem saber o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E se você não tiver tempo para estudar a declaração, tenha em mente que o básico é nunca propor nada drástico como violência ou prisão perpétua, por exemplo. 
  • Não copie trechos do enunciado: os textos de apoio existem para dar uma base aos candidatos sobre o que escrever e o que os avaliadores esperam ler. Ele contém estatísticas e exemplos, algo que você pode utilizar como pontos de partida. Porém, nunca copie os dados na sua própria redação porque o modelo pede que ela seja autoral. 
  • Sempre siga o modelo proposto: falamos acima sobre seguir o número de linhas desejado pelo modelo dissertativo-argumentativo, então reforçamos esta dica aqui. O modelo da redação do Enem pede por introdução, desenvolvimento, conclusão e uma proposta de intervenção. Se algum desses elementos faltar, sua redação pode ser anulada. 
  • Cuide com trechos desconexos: ter um trecho desconexo é um pouco diferente de fugir do tema. Nesta situação, você está falando sobre um assunto, então fala sobre outro e depois, volta para o mesmo assunto. Isso pode baixar sua nota de acordo com a competência 2. 

Conclusão 

Neste artigo, nós falamos sobre o que é o espelho da redação, como você pode conferir o seu na Página do Participante e o que foi levado em conta pelos avaliadores para chegar na sua nota. 

Esperamos que as informações contidas aqui sejam de grande valor para você! 

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16 min de leitura

O que cai em Ecologia no Enem?

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que é Ecologia?

A ecologia é um estudo que se encontra dentro da biologia, e seu foco é a relação entre todos os seres vivos, seja entre si próprios ou com o meio ambiente.

Ecologia é uma palavra que vem do grego, derivando de Oikos (casa) + Logos (estudo), o que significa que a palavra se traduz para “estudo da casa”.

Dessa forma, a ecologia é uma ciência que pode ser entendida como o estudo do sistema formado por todos os seres vivos que se relacionam com o planeta que chamados de casa.

Partindo deste princípio, não é possível entender a ecologia como um estudo isolado, algo que não tem relação com outras disciplinas ou outras ciências.

Pelo contrário, para realmente entender a ecologia, é preciso conhecer outras áreas de estudo da biologia, como genética, evolução, anatomia, fisiologia, etc.

A importância do estudo da ecologia está em compreender melhor como espécies se relacionam entre si, como mantém essas relações e como elas funcionam dentro de um mesmo ambiente.

Tendo essa noção, é possível entender qual é o impacto de uma única espécie em um ambiente e o que aconteceria caso aspectos desse sistema fossem alterados, seja por ação humana ou não.

O que mais cai de ecologia no Enem?

Ecologia é um dos temas que mais aparece entre as questões da prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Entre 2009 e 2021, questões de cunho ecológico apareceram em todas as edições do Enem. Sendo que em 2011, as questões de ecologia representaram quase 50% da prova de biologia.

Segundo o site Stoodi, o que mais cai em ecologia é o seguinte:

  • Impactos ambientais;
  • Efeito estufa;
  • Ocorrência de chuvas ácidas;
  • Eutrofização;
  • Introdução de espécies exóticas em outros ambientes;
  • Lixões;
  • Aquecimento global;
  • Preservação ambiental;
  • Agroflorestas;
  • Cadeias alimentares;
  • Relações ecológicas;
  • Mutualismo.

Dentro de cada um desses temas, podem entrar outras questões.

Como, por exemplo, dentro de questões sobre preservação ambiental pode-se trazer assuntos como a relação da humanidade com o lixo que produz.

Em 2016, uma das questões trouxe, justamente, uma reflexão sobre as tecnologias de biodegradáveis e biodigestores.

Também pode aparecer o branqueamento dos corais e os processos de sucessão ecológica.

Seguindo esta lógica, questões sobre impacto ambiental também podem trazer reflexões sobre as consequências das ações do homem sobre o equilíbrio ecológico e seus efeitos na cadeia alimentar.

Nesse tipo de questão, o essencial é estar por dentro de assuntos atuais, saber o que se tem descoberto e inovado na área, além de acompanhar as notícias.

Outros assuntos da listagem podem ir mais para o lado da verificação de conceitos.

Por exemplo, o tópico de agroflorestas pode ser cobrado por meio de conceitos de agroecologia, assim como as cadeiras alimentares, que aparecem para reconhecimento e interpretação.

Não deixe de estudar os biomas!

É importante dizer que, embora os assuntos listados possam aparecer se referindo a qualquer ecossistema existente no mundo, o mais comum é que eles referenciem a realidade brasileira.

Portanto, não deixe de também estudar os biomas brasileiros.

Nesta listagem entram a mata atlântica, os pampas, a caatinga, o cerrado, o pantanal, a floresta amazônica e ecossistemas específicos, como os manguezais.

Como a ecologia pode aparecer na redação

Como você deve ter percebido, a ecologia é um tema bastante extenso.

E além de ter ampla importância dentro da biologia, ela também tem relações intrínsecas com outras áreas do conhecimento.

Por conta disso, e por sua proximidade com assuntos da atualidade, é possível que a ecologia apareça no Enem também como tema de redação.

Por isso, é essencial que, além dos conceitos próprios da área, você também esteja por dentro de discussões atuais sobre ecologia e compreenda os impactos de problemas ambientais.

Até o presente momento, a ecologia já apareceu duas vezes entre os temas de redação do Enem, nos anos de 2001 e 2008. Confira:

  • Enem 2008 - Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.
  • Enem 2001 - Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?

Como a ecologia pode aparecer em outras questões

E pelos mesmos motivos apresentados acima, pode ser que a ecologia também apareça em questões de outras provas do Enem.

Além das questões de biologia, é possível que questões de geografia, química e história abordem temas ecológicos como contexto.

E para estar pronto para esta situação, estude o que é a ecologia e como os seres vivos se relacionam, especialmente focando na influência do ser humano no ambiente.

Principais conceitos de ecologia que aparecem no Enem

E agora que você já entendeu o que é ecologia e que cai em ecologia no Enem, vamos relembrar alguns dos conceitos mais utilizados na área e que podem aparecer na prova.

Tendo esses conceitos na ponta da língua, você consegue responder as principais questões e entender o contexto de diversas outras.

Confira os principais conceitos de ecologia que aparecem no Enem:

  • Biosfera: é o conjunto formado por todos os ecossistemas do planeta.
  • Biótopo: é o local onde encontramos uma comunidade.
  • Cadeia alimentar: é a representação linear das relações alimentares que existem entre determinados organismos.
  • Ciclo biogeoquímico: são processos físicos, químicos e biológicos envolvidos na circulação dos elementos químicos no planeta e nos organismos vivos.
  • Componentes abióticos: são todos os fatores físicos e químicos encontrados em um ambiente.
  • Componentes bióticos: são todos os seres vivos encontrados em um ambiente.
  • Comunidade: é o conjunto de diferentes populações existentes em uma área.
  • Consumidores: são organismos que se alimentam de outros seres vivos, ou seja, seres heterotróficos.
  • Decompositores: são seres vivos que se alimentam de restos de outros seres vivos, ou seja, retiram seus nutrientes da decomposição da matéria orgânica.
  • Ecossistema: é um sistema estável onde é possível observar seres vivos interagindo entre si e com o meio, ou seja, com seus fatores químicos e físicos.
  • Espécie: reúne seres vivos capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis em condições naturais.
  • Habitat: é o local onde determinado organismo vive.
  • Nicho: é o papel de uma espécie em um ecossistema, referindo-se aos seus hábitos de vida, predadores, reprodução, tipo de alimentação, etc.
  • Nível trófico: é a posição que um organismo ocupa em uma determinada cadeia alimentar.
  • Pirâmide ecológica: são diagramas que podem representar a biomassa, energia ou quantidade de organismos em cada nível trófico.
  • População: é o grupo de seres vivos de uma mesma espécie que vive em uma determinada região.
  • Produtores: são organismos capazes de produzir seu próprio alimento, ou seja, são seres autotróficos.
  • Relações ecológicas: são interações entre os seres vivos de uma determinada região. Podem ocorrer tanto entre indivíduos de uma mesma espécie quanto entre espécies diferentes.
  • Teia alimentar: é a representação das relações alimentares que existem em um determinado ambiente.

Questões do Enem sobre Ecologia para você praticar

Nós reunimos aqui algumas questões de ecologia que já caíram em edições passadas do Enem para você treinar. As respostas se encontram na conclusão deste artigo.

Questão 1 - ENEM 2015

A indústria têxtil utiliza grande quantidade de corantes no processo de tingimento dos tecidos. O escurecimento das águas dos rios causado pelo despejo desses corantes pode desencadear uma série de problemas no ecossistema aquático.

a) eutrofização

b) proliferação de algas

c) inibição da fotossíntese

d) fotodegradação da matéria orgânica

e) aumento da quantidade de gases dissolvidos

Questão 2 - ENEM 2016

As proteínas de uma célula eucariótica possuem peptídeos sinais, que são sequências de aminoácidos responsáveis pelo seu endereçamento para as diferentes organelas, de acordo com suas funções. Um pesquisador desenvolveu uma nanopartícula capaz de carregar proteínas para dentro de tipos celulares específicos. Agora ele quer saber se uma nanopartícula carregada com uma proteína bloqueadora do ciclo de Krebs in vitro é capaz de exercer sua atividade em uma célula cancerosa, podendo cortar o aporte energético e destruir essas células.

Ao escolher essa proteína bloqueadora para carregar as nanopartículas, o pesquisador deve levar em conta um peptídeo sinal de endereçamento para qual organela?

a) núcleo

b) mitocôndria

c) peroxissomo

d) complexo golgiense

e) retículo endoplasmático

Questão 3 - ENEM 2017

Ao percorrer o trajeto de uma cadeia alimentar, o carbono, elemento essencial e majoritário da matéria orgânica que compõe os indivíduos, ora se encontra em sua forma inorgânica, ora se encontra em sua forma orgânica. Em uma cadeia alimentar composta por fitoplâncton, zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes ocorre a transição desse elemento da forma inorgânica para a orgânica.

Em qual grupo de organismos ocorre essa transição?

a) fitoplâncton

b) zooplâncton

c) moluscos

d) crustáceos

e) peixes

Questão 4 - ENEM 2016

Apesar da grande diversidade biológica, a hipótese de que a vida na Terra tenha tido uma única origem comum é aceita pela comunidade científica. Uma evidência que apoia essa hipótese é a observação de processos biológicos comuns a todos os seres vivos atualmente existentes.

Um exemplo de tal processo é o(a)

a) desenvolvimento embrionário

b) reprodução sexuada

c) respiração aeróbica

d) excreção urinária

e) síntese proteica

Questão 5 - ENEM 2016

Corredores ecológicos visam mitigar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal. São instituídos com base em informações como estudos sobre o deslocamento de espécies, sua área de vida (área necessária para o suprimento de suas necessidades vitais e reprodutivas) e a distribuição de suas populações.

Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2017 (adaptado).

Nessa estratégia, a recuperação da biodiversidade é efetiva porque

a) propicia o fluxo gênico

b) intensifica o manejo de espécies

c) amplia o processo de ocupação humana

d) aumenta o número de indivíduos nas populações

e) favorece a formação de ilhas de proteção integral

Conclusão

Esperamos que, ao chegar ao final deste artigo, o que cai em ecologia no Enem tenha ficado claro para você.

E agora, assim como prometido, confira o gabarito das questões:

  • Questão 1 – Alternativa C
  • Questão 2 – Alternativa B
  • Questão 3 – Alternativa A
  • Questão 4 – Alternativa E
  • Questão 5 – Alternativa A

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8 empresas que se destacam no mercado com ações socioambientais

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O que é responsabilidade socioambiental

No meio corporativo, a responsabilidade socioambiental é uma forma de gestão definida pelo estabelecimento e cumprimento de metas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Esses objetivos são alcançados por meio de ações socioambientais ancoradas em 3 princípios: 

  1. Preservação dos recursos ambientais e culturais para as gerações futuras;
  2. Respeito à diversidade;
  3. Promoção da redução das desigualdades sociais. 

Paralelamente à promoção de ações socioambientais, a organização deve investir na qualidade de vida dos colaboradores, de suas famílias e da comunidade que a cerca. A relação com todos os públicos precisa ser ética e transparente. 

Uma definição importante de responsabilidade socioambiental é a do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), entidade internacional que visa à promoção de ações voltadas à sustentabilidade.

O WBCSD adota o seguinte conceito:

“Responsabilidade social é o compromisso permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo.”

Quando falamos em responsabilidade socioambiental, é importante pensarmos no conceito de sustentabilidade. A Organização das Nações Unidas (ONU) adota essa definição:

“Sustentabilidade é o processo que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

Esse conceito está presente no Relatório Brundtland, também chamado de “Our Common Future” (“nosso futuro em comum”, em português), lançado em 1987. O documento sintetiza as discussões em torno da preservação ambiental e da responsabilidade social que ganharam força na década de 1970.

Esse período foi marcado pela publicação do que é considerado o primeiro balanço social do mundo, elaborado pela empresa SINGER em 1972. 

De acordo com a Resolução CFC nº 935/02, o balanço social é uma demonstração contábil que visa a prestar contas à sociedade sobre o uso de recursos naturais e humanos. O documento serve para evidenciar o grau de responsabilidade social de uma entidade privada.

No ano seguinte, é lançado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em Genebra. Já em 1977 a França foi a pioneira na determinação da obrigatoriedade de as empresas com mais de 300 colaboradores publicarem um relatório de balanço social, com a Lei nº 77.769, conhecida como rapport Sudreau.

O debate global em torno das ações socioambientais evoluiu com o relatório “Who care wins”, realizado em parceria entre o Pacto Global da ONU e o Banco Mundial. Ele foi divulgado em 2004 e cunhou um termo que está em alta hoje, o ESG.

A sigla ESG 

O termo ESG tem substituído a palavra “sustentabilidade” em relatórios, pesquisas e discussões sobre responsabilidade socioambiental. Ele engloba organizações que promovem ações de responsabilidade social e ambiental, além de serem administradas de forma ética.

A expressão vem da sigla de 3 palavras em inglês: 

  • Enviromental (ambiental); 
  • Social; 
  • Governance (governança). 

Empresas que são consideradas ESG têm uma boa reputação e credibilidade no mercado por adotarem critérios alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Os ODS representam os desafios que precisam ser superados até 2030 para a sociedade mundial caminhar em direção a um desenvolvimento sustentável.

A norma ISO 26000 

Organizações que têm como foco a promoção de ações socioambientais geralmente seguem a Norma Internacional ISO 26000, que reúne boas práticas de gestão que promovem o desenvolvimento sustentável.

A ISO 26000 segue 7 princípios: 

  1. Accountability: toda organização é responsável pelas consequências de suas ações.
  2. Transparência: prestar informações claras, acessíveis e compreensíveis a todos.
  3. Comportamento ético: honestidade, integridade e equidade perante a sociedade.
  4. Respeito pelos interesses: ouvir, considerar e responder aos representantes dos públicos envolvidos com a organização.
  5. Respeito pelo Estado de Direito: a legislação vigente deve ser cumprida de forma integral.
  6. Respeito pelas normas internacionais: acordos e tratados mundiais devem ser cumpridos de forma integral.
  7. Respeito aos direitos humanos: a universalidade dos direitos humanos deve ser reconhecida e respeitada.

8 empresas que promovem ações socioambientais  

Agora que você já conhece os principais conceitos, vamos apresentar 8 empresas brasileiras que são referência internacional na promoção de ações socioambientais. 

Essas organizações estão entre as mais sustentáveis da América Latina, de acordo com o CDP, organização que analisa o impacto ambiental de entidades privadas e governamentais de todo o mundo.

Mais de 12 mil empresas foram avaliadas e classificadas entre A e D, sendo as da primeira categoria tidas como exemplo de liderança ambiental. As brasileiras que figuram no topo são: 

  1. Klabin
  2. Braskem 
  3. Eletrobras
  4. Cemig
  5. EDP – Energias do Brasil S.A
  6. Marfrig Global Foods S/A
  7. Raízen
  8. Amaggi 

Klabin

Klabin/Divulgação.

A Klabin é a maior produtora e exportadora de papel do Brasil, com florestas de pinus e eucalipto plantadas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

A organização adota uma série de boas práticas na sua operação, além de ter as principais certificações ambientais. Toda a documentação pode ser visualizada no site da organização, o que mostra a preocupação com a transparência.

Dentre as ações socioambientais, há boas práticas operacionais como:

  • Preservação de 43% da área florestal para conservação e manutenção da biodiversidade;
  • Reciclagem de 98,3% de todos os resíduos gerados nas fábricas Monte Alegre e Puma, no Paraná;
  • Combustíveis renováveis ocupam 90% da matriz energética das fábricas;
  • Balanço positivo de CO², com redução de 64% das emissões dos gases do efeito estufa desde 2003.

Os programas de educação ambiental e projetos sociais também fazem parte do escopo de ações socioambientais da Klabin. Há programas de leitura infantil, de apoio a catadores de recicláveis e de proteção ambiental.

Braskem

Braskem/Divulgação.

A Braskem é uma empresa petroquímica considerada a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Assim como a Klabin, ela apresenta no site institucional todas as informações relacionadas à responsabilidade e ações socioambientais, garantindo assim a transparência.

Entre 2015 e 2020, a Braskem investiu R$ 13,6 milhões em ações sociais na Bahia, impactando 41,5 mil pessoas por ano. O objetivo era contribuir com o desenvolvimento das comunidades vizinhas às plantas industriais, apoiando ações de preservação ambiental, empreendedorismo, educação e cultura.

Dentre os programas sociais apoiados pela empresa estão:

  • Criação do Programa Global do Voluntariado;
  • Projeto ser+, que apoia trabalhadores de unidades de triagem de resíduos;
  • Edukatu, rede online de aprendizagem sobre consumo consciente e sustentabilidade;
  • Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva;
  • Programa Inovar para Construir, que realiza a capacitação profissional de moradores de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro;
  • Som+Eu, projeto de inclusão social por meio da música e cultura.

Eletrobras

ASCOM EDACRE.

De economia mista, a Eletrobras atua como uma holding de geração, transmissão e distribuição de energia. A empresa se apresenta como ESG, reunindo relatórios e planos estratégicos no site institucional.

Uma das principais ações socioambientais da empresa é o apoio a unidades de conservação, terras indígenas e sítios arqueológicos. Alguns exemplos são as Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí, o Corredor da Biodiversidade Santa Maria, o Refúgio Biológico Maracaju e o Refúgio Biológico Santa Helena.

Cemig

Nikola Johnny Mirkovic/Unsplash.

Também da área de distribuição de energia, a Cemig mantém iniciativas de monitoramento, pesquisa e conservação ambiental no entorno das usinas hidrelétricas.

Uma delas é a análise contínua da qualidade da água dos reservatórios para garantir a vida das espécies aquáticas que vivem na região e o equilíbrio do habitat. O trabalho resultou no sistema Siságua e no Programa Peixe Vivo, que reúnem dados e pesquisas que podem ser acessados por cientistas, órgãos ambientais e público em geral.

Outra ação socioambiental são os programas de educação ambiental desenvolvidos com as comunidades que habitam o entorno dos empreendimentos da Cemig.

A Cemig também disponibiliza em seu site relatórios de sustentabilidade, uma forma de prestar contas à sociedade.

EDP – Energias do Brasil S.A

EDP Brasil/Divulgação.

A EDP Brasil também é uma holding do setor elétrico, com ativos de geração, distribuição, transmissão e comercialização em 11 estados brasileiros. Em 2021, a organização ocupou o primeiro lugar no ranking geral do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

O ISE foi criado em 2006 para avaliar companhias em 5 dimensões:

  1. Capital humano;
  2. Governança corporativa e alta gestão;
  3. Modelo de negócios e inovação;
  4. Capital social;
  5. Meio-Ambiente e clima.

A EDP Brasil alcançou esse patamar ao promover ações de inclusão e diversidade, com programas voltados à capacitação e liderança de mulheres e pessoas trans.

A empresa foi a primeira do setor de energia da América Latina a bater a meta de redução de emissões de gás carbônico aprovada pela Science Based Targets (SBTi) – iniciativa internacional que estabelece metas de redução da emissão dos gases do efeito estufa com base em dados científicos. A expectativa é que as emissões sejam reduzidas em 85% até 2032.

Para isso, a corporação vai investir R$ 10 bilhões até 2025 para ampliar a geração de energia renovável. O plano é ampliar em até 20 vezes o tamanho do parque de energia solar.

A organização é uma das empresas mais transparentes na divulgação de relatórios sobre sustentabilidade, de acordo com o Observatório da Transparência da Global Report Iniciative. Os documentos estão disponíveis no site institucional da EDP Brasil.

Marfrig Global Foods S/A

Marfrig/Divulgação.

No setor de alimentos, a Marfrig divulga anualmente seu Informe de Progresso em Sustentabilidade. O documento reúne informações sobre o desenvolvimento de boas práticas de bem-estar animal, questões socioambientais e diminuição do impacto das operações em relação às mudanças climáticas.

A principal ação socioambiental da companhia é o Plano Marfrig Verde+, que tem como meta tornar a cadeia de produção na Amazônia 100% livre do desmatamento até 2025. O Cerrado e os demais biomas devem ser contemplados até 2030.

Outra iniciativa é o compromisso com a SBTi. A Marfrig planeja reduzir a emissão do gás metano em 33% até 2035. Os demais gases do efeito estufa devem ser reduzidos em 68%.

Todas as informações sobre as ações socioambientais e relatórios ESG da Marfrig podem ser acessados no site da empresa.

Raízen

Raízen/Divulgação.

A Raízen é do setor de bioenergia, atuando no cultivo e processamento da cana de açúcar. Também trabalha com a comercialização, logística e distribuição de combustíveis.

Parte das ações socioambientais é desenvolvida pela Fundação Raízen. Uma delas é o programa Ativa Juventude, que atende mais de 1,3 mil adolescentes em 22 municípios espalhados pelo país. Em aulas presenciais e remotas, os estudantes aprendem sobre direitos humanos, habilidades socioemocionais e planejamento profissional.

Ainda são desenvolvidos o Programa ELO, que possibilita o aperfeiçoamento de práticas de gestão econômica, social e ambiental na cadeira de fornecedores.

Em 2018, a Raízen lançou publicamente uma agenda ESG, com compromissos para 2030, todos alinhados aos ODS da ONU. Conheça alguns deles:

  • Reduzir a pegada de carbono de etanol e açúcar em 10%;
  • Garantir programas de sustentabilidade internacionalmente reconhecidos para as fontes de cana-de-açúcar;
  • Manter todas as unidades em operação certificadas por um padrão internacionalmente reconhecido;
  • Garantir que 100% dos entornos sejam contemplados pela fundação Raízen;
  • Alcançar, ao menos, 30% de mulheres em cargos de liderança até 2025;
  • Promover avanços na área de direitos humanos em nossas operações e em nossa cadeia de suprimentos.

Internamente, a empresa trabalha com o KPI de “emissões evitadas” pelos produtos de energias renováveis. A métrica está atrelada à remuneração de todos os colaboradores.

A organização calcula que já evitou 5,2MM de toneladas de CO² por ano no ambiente. A metá é conter o dobro desse número até 2030.

Todos os relatórios ESG da Raízen podem ser consultados no site da organização.

Amaggi

Amaggi/Divulgação.

No setor do agronegócio, a multinacional Amaggi também estabeleceu metas ESG a serem alcançadas até 2030 e alinhadas aos ODS da ONU. Algumas delas são:

  • Oferecer produtos e soluções inovadores para uma cadeia ética, zero desmatamento e conversão de vegetação nativa, regenerativa e com baixa emissão de carbono;
  • Investir em energia renovável, mantendo-se autossuficiente em sua produção e consumo;
  • Ter uma cadeia de fornecedores de grãos 100% monitorada e rastreada, livre de desmatamento e conversão para produção agrícola até 2025;
  • Promover a agricultura regenerativa, de baixo carbono e capaz de proteger a biodiversidade. O objetivo é chegar às emissões líquidas zero até 2050, por meio de estratégias de descarbonização até 2035 e neutralização de eventuais emissões residuais, conforme o SBTi;
  • Impulsionar as iniciativas que fortaleçam a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, em especial as mulheres do campo e agricultores familiares.

Essas metas se materializam em ações socioambientais como a preservação e recuperação de 138 mil hectares, chamados de Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Para fins de transparência, a Amaggi publica os relatórios de sustentabilidade no site institucional.

As vantagens para as empresas em investir em ações socioambientais

Pode parecer meio óbvio falar em vantagens, pois a proteção do meio ambiente para reduzir os efeitos catastróficos das mudanças climáticas já é um benefício por si só.

Então vamos nos concentrar nas vantagens econômicas para as empresas. Afinal, investir em ações socioambientais se reverte em lucros, sim.

Organizações que seguem práticas ESG têm os papéis mais valorizados na Bolsa de Valores. O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, que já mencionamos antes, teve rentabilidade de 203,8% de 2005 a 2018, ante 175,38% do Ibovespa.

Os riscos de investimento também são menores. No mesmo período, o ISE teve uma volatilidade de 24,67%, enquanto a do Ibovespa foi de 24,46%.

Mas e se a empresa não tem ações à venda na Bolsa?

Ainda é vantajoso, já que a responsabilidade socioambiental é um forte fator de atração e fidelização de clientes, de acordo com pesquisa conduzida pela Nielsen em 2015 com 30 mil pessoas de 60 países diferentes.

O levantamento mostrou que 66% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços de empresas que estão comprometidas com ações socioambientais. No Brasil, três quartos dos compradores preferem consumir de empresas que tenham programas sustentáveis.

A mesma pesquisa mostrou que marcas que apostam na sustentabilidade cresceram 4% a mais em 2015 do que as que não promoviam ações socioambientais. Pelo menos 65% do total das vendas realizadas no mundo todo em 2015 foi gerado por organizações com responsabilidade social.

Outra vantagem é a redução de custos de produção no longo prazo com:

  • Economia de energia;
  • Reciclagem;
  • Reutilização de água;
  • Reaproveitamento de sobras de matéria-prima;
  • Benefícios fiscais do governo, como redução do IPTU.

Há ainda vantagens intangíveis, como a valorização da marca, a lealdade do consumidor e o engajamento dos colaboradores.

Mercado de trabalho aquecido para especialistas em meio ambiente

As vantagens econômicas são impressionantes, não são?

Entende-se por que cada vez mais empresas, de diferentes setores e portes, investem na criação de ações socioambientais.

Por exemplo, todas as 150 Melhores Empresas para Trabalhar de 2019, elencadas pela revista VOCÊ S/A, realizam alguma ação de cunho social, enquanto 95% delas têm programas de preservação do meio ambiente. As organizações que não entraram no guia têm índices de 89% e 62%, respectivamente.

Essas e outras empresas, dentro e fora do Brasil, devem abrir mais postos de trabalho para os profissionais que trabalham com questões ambientais e de sustentabilidade. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o segmento deve criar até 15 milhões de empregos na América Latina e Caribe até 2030.

As oportunidades estarão concentradas nas áreas de agricultura sustentável, silvicultura, energia solar e eólica, manufatura e construção.

Sim, as organizações precisam de profissionais capacitados para desenvolver tantas iniciativas socioambientais. Já imaginou ser um deles?

Isso é possível com a especialização em Desenvolvimento e Sustentabilidade da Pós +Carreira EAD UNIFSA!

As aulas são 100% online e abordam temas como sustentabilidade organizacional, inovação, empreendedorismo social e inteligência competitiva.

Você também terá acesso ao programa de aceleração profissional, que vai te ajudar a se reposicionar no mercado de trabalho.

Conheça os benefícios de fazer sua pós no UNIFSA e dê o primeiro passo para construir um mundo mais sustentável!

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23 min de leitura

O que é Economia Criativa e como trabalhar na área

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O conceito de Economia Criativa 

Conhecemos por “economia criativa” um conjunto de atividades e ações advindas da cultura, tecnologia e criatividade. 

Atividades e ações, estas, que geram receita e impacto na economia. 

Podemos dizer, então, que, dentro do setor econômico, a economia criativa está relacionada à produção, distribuição e criação de bens e serviços criativos. 

O termo foi utilizado pela primeira vez na década de 1980, quando a ex-primeira ministra britânica, Margareth Thatcher, reconheceu a força e a importância da cultura e da tecnologia para a economia em um relatório. 

De acordo com uma pesquisa da UNESCO, feita em 2013, a economia criativa teria faturado cerca de 600 bilhões de dólares mundialmente no intervalo de um ano, o que é um recorde. 

Além da movimentação econômica, a economia criativa também colabora para o desenvolvimento social de comunidades. 

Como funciona a economia criativa 

Os setores tradicionais da economia, como a indústria, o comércio e a agricultura, geram renda através de bens de consumo palpáveis. 

Diferente deles, saindo do tradicional, a economia criativa atua com produtos de conhecimento artístico, cultural e tecnológico. 

De forma geral, a receita gerada por esse setor vem de experiências, lazer e facilidades. 

Quando você escuta uma música no rádio ou quando pede um prato por aplicativo, você está usufruindo de algo que a economia criativa ajudou a criar. 

Então, entende-se que esse setor da economia está presente desde a composição de uma música até a programação de um aplicativo que resolva problemas do cotidiano. 

Mas para além da cultura e da tecnologia, também podemos citar outras atividades como parte da economia criativa. Confira a listagem abaixo: 

  • Arquitetura; 
  • Publicidade; 
  • Design; 
  • Jornalismo; 
  • Rádio e Televisão; 
  • Cinema; 
  • Artesanato. 

Outro eixo que está entrando, aos poucos, nesta lista é a sustentabilidade. 

Isso porque a crise climática já está acontecendo em algumas regiões do planeta e exigindo soluções criativas de diversos outros setores, como a geração de energia e fabricação de produtos e bens de consumo que não agridam o meio-ambiente. 

Olhando para a economia criativa como um todo, vemos que as oportunidades não param de crescer, especialmente para profissionais de mente aberta e conectados com as tendências. 

A Economia Criativa no Brasil 

Como estamos falando de cultura, pode parecer que a geração de receita do setor é pequena, mas segundo o SEBRAE, quase 3% do PIB nacional vem da economia criativa. 

E isso mostra que o setor de cultura e tecnologia gera muita receita para o país. Até mais do que em comparação com países mais desenvolvidos, como Itália e Espanha, por exemplo. 

E embora atrás da França, Reino Unido e EUA no ranking da economia criativa, a verdade é que o Brasil está entre os principais produtores do setor no mundo. 

No Brasil, os postos de trabalho dentro da economia criativa só crescem. 

No terceiro trimestre de 2021, como aponta o Correio Braziliense, o crescimento foi de 14%. 

Isso totalizou cerca de 7 milhões de postos de trabalho no país inteiro entre empregos formais, prestação de serviços para o setor e profissionais freelancers. 

No Brasil, as áreas da economia criativa que mais empregam são: arquitetura, engenharia, design, moda, publicidade, música, cinema, comunicação, games, televisão e artes visuais. 

Dentro do nosso país, a economia criativa é dividida em quatro setores. São eles: 

  • Consumo: que abrange as áreas de design, arquitetura, publicidade e moda. 
  • Mídias: contendo áreas editoriais e audiovisuais. 
  • Cultura: abrangendo música, artes cênicas, expressões cultuais, patrimônio e artes. 
  • Tecnologia: contendo áreas de biotecnologia, tecnologia da informação e comunicação e desenvolvimento de produtos. 

Com o objetivo de planejar, promover, coordenar e implementar ações para fortalecer a economia criativa no país, foi criada a SECDEC, Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural.

Como atuar na área de Economia Criativa 

Como você já deve ter percebido, a área de economia criativa é um setor bastante amplo e que abrange diversas profissões, desde a gastronomia até o desenvolvimento de software. 

Então, praticamente qualquer pessoa que atue com gestão, criatividade e tecnologia pode se qualificar para fazer parte da área. 

Confira algumas das principais graduações que ajudam a trabalhar com economia criativa: 

  • Administração: não há empresa que não precise de um gestor, então administração pode ser uma formação interessante. 
  • Engenharia de Software ou Gestão de TI: como parte da economia criativa está no desenvolvimento de novas tecnologias e aplicativos, ter formação na área ajuda. 
  • Gestão de negócios e inovação: inovação é parte essencial da gestão e da tecnologia hoje em dia, além de ter ligação direta com a criatividade. 
  • Marketing: além de produzir, é preciso comunicar, e ter formação em marketing não só facilita essa atividade como cria novas oportunidades. 

E se você já tem uma graduação e quer trabalhar com economia criativa, pode buscar se especializar na área. 

Por isso, queremos convidar você para conhecer o curso de Pós-graduação EAD UNIFSA em Economia Criativa. 

Torne-se um especialista em Economia Criativa 

Nesta especialização, você vai desenvolver todas as habilidades e fundamentos teóricos necessários para se tornar especialista na transformação de culturas internas em múltiplos espaços corporativos. 

Tudo isso amparado na inovação, atitude disruptiva e senso criativo. 

Mergulhe de cabeça em um universo que já está dominando o mundo e será o futuro dos negócios e um grande transformador da economia mundial. 

Na pós-graduação EAD UNIFSA, você ainda recebe uma aceleração profissional, conquistando um certificado de extensão intermediário a cada 3 meses, que são os seguintes: 

  • Economia criativa e empreendimentos
  • Economia criativa
  • Cultura organizacional
  • Gestão da inovação 

E ao final, você se torna especialista com um certificado de Especialização em Economia Criativa. Conheça a Especialização em Economia Criativa EAD neste link. 

Conclusão 

Neste conteúdo, você conferiu as principais informações sobre o que é economia criativa, como ela funciona, qual é o cenário no nosso país e como você pode trabalhar no setor. 

A economia criativa é uma área ligada à cultura e tecnologia, mas também a outras áreas, como arquitetura e design, e está em pleno crescimento no Brasil. 

Então, se você tem experiência com administração, comunicação ou tecnologia, esta é uma área ótima de projetar seu crescimento profissional. 

E se você busca aperfeiçoamento profissional, não deixe de conferir o curso de Pós-graduação EAD UNIFSA em Economia Criativa. 

Dentro de um ano, você se torna especialista no assunto e já pode colaborar para o crescimento da economia criativa no país, além do seu próprio crescimento profissional. 

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14 min de leitura

O que significa taxonomia [Biologia no Enem]

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que é taxonomia?

Primeiro, daremos uma voltinha pela história da taxonomia.

Antes da taxonomia ser o que é hoje, Aristóteles, estudioso e interessado pelos temas naturais, já propunha um modelo simples de categorização dos seres vivos, que dividia-os entre animais e plantas, sendo o primeiro grupo subclassificado a partir da forma que se moviam. 

Com o avanço da ciência e o crescente número de seres adicionados aos grupos, perguntas surgiam.

Por exemplo, não faria sentido unir os protozoários no mesmo campo de animais e fungos nas plantas.

Mais diferenciações e estudos aprofundados precisavam se fortalecer para sanar essas questões. 

Foi no século 18 que o médico e botânico sueco Carolus Linnaeus, trouxe uma obra que revolucionou a ideia da taxonomia: o livro  "Systema Naturae", que montava uma maneira hierárquica de classificação dos seres vivos. 

Ali, Linnaeus estabelece três reinos: mineral, vegetal e animal, e agrupa todos os seres em cinco categorias: Classe, Ordem, Gênero, Espécie e Variedade. 

Mas calma lá!

A classificação atual demorou para ser construída e se completa ainda mais com o passar dos anos, visto as descobertas científicas que ocorreram no mundo. 

Por exemplo, em 1866, o alemão Ernst Haeckel propôs a existência de três grupos de seres vivos: os animais, as plantas e os protistas.

Em 1936, o norte-americano Herbert Faulkner Copeland adicionou um quarto grupo, o dos moneras. 

Anos depois, o norte-americano Robert Harding Whittaker foi o responsável por trazer o sistema de classificação em cinco reinos, ainda muito visto nas salas de aulas e nos livros de estudo.

Nesse sistema, os seres vivos estão classificados em Reino Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae. 

Entendemos que a taxonomia classifica os seres e que há “caixinhas” em que cada um se encaixa. A serventia dessa organização vai além do que se pode ver.

A classificação correta dos seres vivos anda de mãos dadas com o desenvolvimento científico. A partir dela, cientistas conseguem descobrir e curar doenças ou entender determinados comportamentos de uma espécie.

Por exemplo: sabe-se que mamíferos se alimentam de leite materno. Essa é uma característica da classe Mammalia. 

Falaremos mais dessas classificações detalhadas no decorrer do texto. 

O que é Sistemática?

Anote isso: a sistemática é a área da Biologia que estuda a biodiversidade por meio da taxonomia. 

A sistemática se preocupa em entender as relações evolutivas dos organismos, buscando ancestralidade e compartilhamento de origens.

Sendo assim, a taxonomia é uma enorme aliada, por conta da organização e da classificação em grupos, permitindo uma facilidade maior de traçar linhas evolutivas. 

A sistemática capta relações morfológicas, comportamentais, genéticas e evolutivas entre indivíduos.

A partir desses dados, descreve o ser estudado por meio de conceitos de classificação, nome, cladística e filogenética: 

  • Cladística relaciona-se à classificação de organismos com base na ramificação de diversas linhagens de um ancestral comum; 
  • Filogenética refere-se ao histórico da evolução e da relação entre grupos de organismos; 
  • Fenética liga-se às características dos organismos, excluindo a filogenética; 
  • As chamadas árvores filogenéticas apresentam as relações dos organismos. 

As categorias taxonômicas 

Com sua aclamada obra, “Systema Naturae”, Linnaeus estipulou 7 categorias taxonômicas, sendo elas: 

  1. Reino: a maior de todas as categorias, une um conjunto de filos;
  2. Filo: conjunto de classes; 
  3. Classe: conjunto de ordens; 
  4. Ordem: conjunto de famílias; 
  5. Família: conjunto de gêneros; 
  6. Gênero: conjunto de espécies; 
  7. Espécie: grupo de seres que podem se reproduzir e gerar descendentes férteis. 

Cada uma dessas categorias pode ser chamada de táxon. 

Robert Harding Whittaker, que falamos acima, acrescentou a essas categorias o Reino. São eles: 

  • Protoctista; 
  • Fungi; 
  • Animalia; 
  • Plantae; 
  • Monera, que se dividiria em outros dois, o Archaeae e o Eubacteria. 

Mais tarde, o norte-americano Carl Woese mostrou a nova categoria de Domínio, que, seguindo a hierarquia, estaria acima do Reino.

O Domínio possui três divisões: 

  • Archaeae; 
  • Bactéria; 
  • Eukarya. 

E não para por aí: no Domínio Achaeae, há o Reino Archaeaea. Dentro do Domínio Bactéria, o Reino Eubacteria, e no Domínio Eukarya, os reinos Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae. 

Mas atenção: os vírus não entram nesta classificação por não serem considerados seres vivos, pois não conseguem se reproduzir. 

Outras classificações 

As classificações abaixo também categorizam os seres vivos, contudo, não fazem parte das definições taxonômicas que falamos anteriormente, ou seja, não classificam em espécie e não necessariamente seguem padrões evolutivos. 

Pode-se classificar pela forma de alimentação: 

  • Autótrofos: seres vivos capazes de sintetizar o próprio alimento por meio de processos anabólicos;
  • Heterotróficos: seres vivos que não sintetizam o próprio alimento, conseguindo a matéria orgânica necessária para seus processos metabólicos pelo consumo de outros seres vivos ou da matéria orgânica produzida pelos autótrofos. 

Quanto à forma de produção de matéria orgânica, os autótrofos podem ser classificados em: 

  • Fotossintetizantes: seres que usam a energia luminosa para a produção de matéria orgânica por meio do processo de fotossíntese; 
  • Quimiossintetizante: seres vivos que usam compostos químicos inorgânicos para produzir matéria orgânica por meio do processo de quimiossíntese. 

Quanto ao hábito alimentar, os seres vivos heterótrofos podem ser subdivididos em: 

  • Herbívoros: seres que se alimentam de plantas e vegetais; 
  • Carnívoros: seres vivos que se alimentam de outros seres.

O sistema binomial na Biologia 

Linnaeus também é responsável por um sistema de nomenclatura biológica, a fim de padronizar os nomes das espécies mundialmente e facilitar os estudos posteriores. 

Imagine um mosquito que possui nomes diferentes em cada região do Brasil. Esse ser vivo, mesmo com nomes distintos, ainda possui uma espécie de “RG” que vale para o mundo inteiro, que é o seu nome científico. 

A onça-pintada, por exemplo, é chamada de Panthera onca na sua nomenclatura biológica. 

Vamos entender como esse nome é composto. Também chamado de sistema lineano, segue as seguintes regras: 

  • O nome científico deve possuir duas palavras; 
  • A primeira palavra diz respeito ao gênero do ser vivo; 
  • A segunda palavra é um nome que caracteriza a espécie (chama-se “epíteto específico”). Pode ser algo específico  do indivíduo, algo que chame a atenção, uma homenagem ao cientista que o registrou, etc; 
  • A primeira letra da primeira palavra do nome científico deve estar em maiúsculo; 
  • O nome científico fica em itálico; 
  • Ao escrever o nome mais de uma vez num mesmo documento, pode-se abreviar o gênero; 
  • Algumas espécies podem ter três nomes, como é o nosso caso: Homo sapiens sapiens. 

Como cai taxonomia no Enem? 

A prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Enem traz 45 questões, valendo mil pontos. 

Normalmente, a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias é feita no segundo dia do Exame, juntamente com outras 45 questões da prova de Matemática e suas Tecnologias. 

O Enem analisa competências específicas dos estudantes, adentrando temas estudados no Ensino Médio.

O programa de provas contempla temas específicos de cada disciplina. No caso da Biologia, a taxonomia é um dos temas previstos no item de “Identidade dos seres vivos”. 

A prova pode elaborar questões que abordam, com relação à taxonomia: 

  • Níveis de organização dos seres vivos.  
  • Vírus, procariontes e eucariontes.  
  • Autótrofos e heterótrofos.  
  • Seres unicelulares e pluricelulares. 
  • Embriologia, anatomia e fisiologia humana.  
  • Evolução humana. 

>>> Tudo que você precisa saber sobre o Enem 

Confira duas questões que caíram em edições anteriores do Enem:

(ENEM- BR - 2011) Número Original: 87 Código: 3223
Única Aplicação - Primeiro dia - Prova Amarela
Os Bichinhos e O Homem / Arca de Noé Toquinho & Vinicius de Moraes
Nossa irmã, a mosca
É feia e tosca
Enquanto que o mosquito
É mais bonito
Nosso irmão besouro
Que é feito de couro
Mal sabe voar
Nossa irmã, a barata
Bichinha mais chata
É prima da borboleta
Que é uma careta
Nosso irmão, o grilo
Que vive dando estrilo
Só pra chatear
MORAES, V. A arca de Noé: poemas infantis. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1991
O poema acima sugere a existência de relações de afinidade entre os animais dos e nós, seres humanos. Respeitando a liberdade poética dos autores, a unidade taxonômica que expressa a afinidade existente entre nós e estes animais é
a) o filo
b) o reino
c) a classe
d) a família
e) a espécie

Gabarito: B 

A questão conta com a análise interpretativa do estudante e sua capacidade de interligar o tema da música com a questão que paira na biologia.

Seguindo os conceitos taxonômicos que estudamos anteriormente, a resposta correta da questão é a letra b), visto que fazemos parte do mesmo reino que os seres descritos na questão, o Animalia.

As outras opções não encaixam devido às características distintas entre o ser humano e os insetos  

Aqui vai mais um exemplo de como o tema da taxonomia cai no Enem. 

(ENEM - 2017) Número Original: 98  Código: 6888788 

Primeira Aplicação - Segundo Dia - Prova Azul 

A classificação biológica proposta por Whittaker permite distinguir cinco grandes linhas evolutivas utilizando, como critérios de classificação, a organização celular e o modo de nutrição. Woese e seus colaboradores, com base na comparação das sequências que codificam o RNA ribossômico dos seres vivos, estabeleceram relações de ancestralidade entre os grupos e concluíram que os procariontes do reino Monera não eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo. 

Whittaker (1969) 

Cinco reinos 

Woese (1990) 

Três domínios 

Monera 

Archaea 

Protista 

Eubacteria 

Fungi 

Eukarya 

Plantae 

Animalia 

A diferença básica nas classificações citadas é que a mais recente se baseia fundamentalmente em

a) tipos de células.

b) aspectos ecológicos.

c) relações filogenéticas.

d) propriedades fisiológicas.

e) características morfológicas. 

Gabarito: C 

A questão exige um conhecimento histórico e conceitual do tema da taxonomia e a capacidade do estudante em analisar e interpretar tabelas.

A resposta correta é a letra c), visto que Woese classificou os indivíduos em Domínios usando análise comparativa de RNA ribossômico (RNAr), ou seja, pautando-se em relações filogenéticas. 

Esse tipo de material é rico em detalhes para quem quer se sair bem nos processos seletivos.

É possível aprender e se basear muito com esse tipo de conteúdo. Disponibilizamos um passo a passo de como estudar para o Enem com provas antigas. 

Para não esquecer

Agora que você já entendeu o que é taxonomia e aprendeu a diversidade que compõe o tema, use o seguinte processo para não esquecer: taxonomia é o processo de classificar, sistemática é de interligar, sistema binomial é de nomear.

A partir dessas palavras-chave, você conseguirá puxar na memória as definições corretas de cada termo. 

Continue estudando e acompanhe o Blog do EAD UNIFSA para mais dicas de Biologia no Enem!

Boa prova!

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23 min de leitura

Organelas citoplasmáticas: funções e exercícios [Biologia no Enem]

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM!

O que estuda a citologia? 

A citologia é uma área essencial nos estudos da biologia, isso porque ela se dedica a entender as células, seu metabolismo e suas estruturas. 

Sem a citologia, que é a base de quase todos os estudos da biologia, não teríamos todo o entendimento que temos hoje sobre o funcionamento dos organismos vivos. 

Podemos dizer que a citologia nasceu junto com a invenção do microscópio. 

Robert Hooke, um cientista experimental inglês, é creditado como o inventor do microscópio composto. 

Baseando-se nos microscópios de Christopher Cock, ele criou um instrumento que continha lentes múltiplas (normalmente uma ocular, uma lente de campo e uma objetiva). 

Imagem: gravura do Microscópio de Hooke. Fonte: Wikipedia 

Em 1663, Hooke utilizou seu microscópio composto para observar pedaços de cortiça. 

O que ele viu, embora não tivesse noção na época, foram as paredes celulares mortas da cortiça. Ele as chamou de células, referenciando um espaço vazio. 

A partir dessa descoberta, a citologia desenvolveu-se como ciência e chegou-se à Teoria Celular, estudo que apresenta princípios essenciais para o entendimento das células. 

Veja quais são: 

  • Todos os seres vivos são constituídos por células; 
  • As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células; 
  • Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão celular; 
  • A célula é a menor unidade da vida. 

O citoplasma das células 

De acordo com a Teoria Celular, as células presentes nos seres vivos podem ser classificadas entre procariontes e eucariontes. 

Enquanto as células procariontes não possuem núcleo, as células eucariontes possuem, sendo muito mais complexas em estrutura. 

Esta, então, é a principal diferença entre elas. 

Os procariontes têm membrana plasmática e são formadas por citoplasma, ribossomos e material genético.

Já os eucariontes são formados por membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.

Para definirmos o que é o citoplasma das células, precisamos fazer uma distinção entre os procariontes e eucariontes. 

Em células eucariontes, o citoplasma é espaço intracelular entre a membrana plasmática e o invólucro nuclear. Já nos procariontes, ele representa a totalidade da área intracelular. 

Imagem: diferenças entre uma célula procarionte (esq.) e uma célula eucarionte (dir.). Fonte: Brasil Escola. 

8 organelas citoplasmáticas para ter na ponta da língua 

De maneira geral, como vimos acima, o citoplasma é tudo o que não é membrana plasmática e núcleo dentro da célula. 

É nele que estão as organelas citoplasmáticas, compartimentos delimitados que tem como nome o diminutivo de “órgão”. 

Isso porque as organelas citoplasmáticas funcionam como pequenos órgãos dentro da célula, cumprindo suas funções de maneira integrada e mantendo a célula viva. 

No Enem, é bastante comum que você encontre questões contendo oito dessas organelas citoplasmáticas no enunciado ou dentre as alternativas. 

Por isso, confira abaixo oito organelas que você precisa ter entendimento completo para poder se sair bem nas questões de Ciências da Natureza. 

1 Mitocôndria 

As mitocôndrias são onde acontece a respiração celular. Por isso, elas são conhecidas como as geradoras de energia química das células. 

Elas têm formato alongado e estão envolvidas por duas membranas. Uma curiosidade é que as mitocôndrias possuem DNA próprio e podem se dividir. 

Imagem: detalhamento de uma mitocôndria. Fonte: Toda Matéria. 

2 Ribossomos 

Por sua vez, os ribossomos apresentam formato de grânulo e estão presentes nas células eucariontes e procariontes.

Isso significa que todos os seres vivos os possuem. Eles agem no controle e regeneração da célula, sendo essenciais para o crescimento celular. 

3 Retículo endoplasmático 

São estruturas membranosas localizadas no citosol da célula.

Sua função está em sintetizar moléculas orgânicas, e para isso ele se divide em dois: liso e rugoso. 

Enquanto o retículo endoplasmático liso produz lipídios, o retículo endoplasmático rugoso sintetiza proteínas. 

Imagem: detalhamento dos ribossomos e retículos endoplasmáticos. Fonte: Toda Matéria. 

4 Complexo golgiense 

Também conhecido como complexo de golgi, esta organela citoplasmática é responsável por armazenar, transformar e exportar o material que foi sintetizado pelo retículo endoplasmático. 

Ela foi nomeada em homenagem ao citologista, Camillo Golgi. 

Imagem: detalhamento do complexo de golgi. Fonte: Mundo Educação. 

5 Lisossomos 

Os lisossomos são organelas que contém sacos membranosos cheios de enzimas dentro de si. Eles atuam na degradação de diferentes moléculas. 

Por conta disso, os lisossomos são classificados como a organela citoplasmática responsável pela digestão intracelular. 

Imagem: detalhamento dos lisossomos. Fonte: Brasil Escola. 

6 Peroxissomos 

Os peroxissomos são organelas responsáveis por degradar gorduras e aminoácidos sem prejudicar os tecidos. Estão presentes tanto em animais quanto em plantas. 

Dentre todas as organelas citoplasmáticas, os peroxissomos são os descobertos mais recentemente. 

Imagem: representação dos peroxissomos. Fonte: Só Biologia. 

7 Plastídios 

Os plastídios são organelas encontradas em células vegetais. Elas possuem função de fotossíntese, síntese de aminoácidos e ácidos graxos.

Elas também fazem armazenamento. 

Os plastídios são classificados de acordo com seu pigmento, então podemos encontrar cloroplastos (verde), cromoplastos (de amarelo a vermelho) e leucoplastos (não possuem pigmento). 

Imagem: representação de um plastídio. Fonte: Mundo Educação. 

8 Vacúolos  

Por fim, os vacúolos estão muito presentes em plantas, protozoários e animais. 

São responsáveis por várias funções, como regular pH, controlar a entrada e saída de água, fazer a digestão, excretar os resíduos e armazenar substâncias. 

Imagem: detalhamento dos vacúolos. Fonte: Estudo Prático. 

Questões do Enem sobre organelas citoplasmáticas para praticar 

E agora que você já entendeu o que são as organelas citoplasmáticas, vamos entender como elas aparecem nas questões de Ciências da Natureza do Enem. 

Abaixo, você encontra algumas das questões que já caíram no Enem sobre o assunto. As respostas estarão na conclusão deste artigo. 

Questão 1 – Enem 2016 

Um pesquisador preparou um fragmento do caule de uma flor de margarida para que pudesse ser observado em microscopia óptica. Também preparou um fragmento de pele de rato com a mesma finalidade. Infelizmente, após algum descuido, as amostras foram misturadas. 

Que estruturas celulares permitiriam a separação das amostras, se reconhecidas? 

A) Lisossomos e peroxissomos, organelas exclusivas de células vegetais.
B) Parede celular e cloroplastos, estruturas características de células vegetais.
C) Ribossomos e mitocôndrias, ausentes nas células animais.
D) Centríolos e lisossomos, organelas muito numerosas nas plantas.
E) Envoltório nuclear e nucléolo, características das células eucarióticas.

Questão 2 – Enem 2017 

Uma das funções dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, é fagocitar bactérias invasoras em nosso organismo. Em uma situação experimental, um cientista colocou em um mesmo meio neutrófilos e bactérias Gram positivas que apresentavam a parede celular fluorescente. Em seguida, o cientista observou os neutrófilos ao microscópio de fluorescência e verificou a presença de fluorescência em seu interior. 

Em qual organela do neutrófilo foi percebida a fluorescência? 

A) Complexo golgiense.
B) Peroxissomo.
C) Mitocôndria.
D) Vacúolo digestivo.
E) Retículo endoplasmático liso.

Questão 3 – Enem 2018 

A ricina, substância tóxica extraída da mamona, liga-se ao açúcar galactose presente na membrana plasmática de muitas células do nosso corpo. Após serem endocitadas, penetram no citoplasma da célula, onde destroem os ribossomos, matando a célula em poucos minutos. 

SADAVA, D. et al. Vida: a ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed, 2009 (adaptado). 

O uso dessa substância pode ocasionar a morte de uma pessoa ao inibir, diretamente, a síntese de 

A) lipídios.
B) DNA.
C) carboidratos.
D) proteínas.
E) RNA.

Conclusão 

Esperamos que, ao chegar ao final deste artigo, as suas dúvidas sobre as organelas citoplasmáticas e como elas aparecem no Enem tenham sido esclarecidas.   

Veja aqui o gabarito das questões: 

  • Questão 1 – Alternativa B 
  • Questão 2 – Alternativa D 
  • Questão 3 – Alternativa D 

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